segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Queda da Bastilha


Queda da Bastilha é o evento decisivo para o início da Revolução Francesa de 1789. A Bastilha é uma velha fortaleza construída em 1370, utilizada pelo regime monárquico como prisão de criminosos comuns. Na regência do Cardeal Richelieu, porém, o prédio é transformado em prisão de intelectuais e nobres, especialmente os opositores à ordem estabelecida, seja em relação à monarquia, sua política ou mesmo à religião católica, oficial no período monárquico.
A invasão da fortaleza pelo povo de Paris, em 14 de julho de 1789 é a data referencial para marcar as comemorações da Revolução Francesa. Apesar de ser uma prisão, na data em que foi invadida esta contava apenas com sete presos. A tomada da fortaleza tinha o aspecto prático de resgatar as armas que haviam em seu interior, e também o aspecto simbólico de ocupar um dos expoentes máximos do absolutismo.
Outro aspecto marcante do acontecimento é o de demonstrar que o movimento em curso para buscar a extinção do regime absolutista conta a partir de agora com a população em geral e não mais de um grupo de deputados que pretendem modificar o regime através de leis.
Na época, o sistema legislativo francês dividia-se em três grupos, os chamados três Estados: o primeiro compreende os representantes da nobreza; já o segundo representa o clero católico; finalmente, o terceiro, representa a população em geral. Os dois primeiros grupos votam quase sempre em conjunto deixando o Terceiro Estado isolado e marginalizado, tornando qualquer proposta de mudança da situação pela via política bastante difícil.

Diante dessa situação de falta de representatividade política, somada à dilapidação dos cofres públicos promovida pela nobreza e pelo clero, aos problemas econômicos enfrentados pelo país na época (devido à participação francesa na guerra de independência dos Estados Unidos somada às colheitas deficitárias ocorridas naqueles últimos anos), a situação torna-se insustentável, é o que lança o povo contra o governo de modo dramático, tomando o controle do país à força.

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