segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Linha do Tempo


Convenção Nacional

É uma espécie de regime republicano no interior, na qual houve grandes divergências.
Os jacobinos defendem mudanças mais radicais, que ampliem os direitos do povo.Por pressão dos jacobinos e da população de Paris, o rei Luis XVI foi julgado por traição e morto na guilhotina.A medida provoca a rápida reação dos países defensores do Antigo Regime, que formam uma coligação para derrotar a França.

Governo dos Cem Dias

No ano de 1799, o golpe de Estado derruba o governo monárquico francês, instaurando a primeira revolução burguesa da história: a Revolução Francesa. Napoleão Bonaparte, líder da Revolução, governa a França em três períodos. O primeiro é caracterizado como o governo do consulado, em que o poder é centralizado e controlado por militares. Durante esse período, a alta burguesia consolidou seu poder na França. Essa época também é marcada por uma severa censura à imprensa e ações de violência contra opositores.

No segundo momento, Napoleão realiza um plebiscito para saber qual forma de governo os franceses preferem. Quase sessenta por cento dos eleitores escolheram a volta da monarquia, e Napoleão como representante. O regime Imperial foi instalado. Tendo Napoleão como imperador, teve início uma expansão territorial, promovida pelo exército francês que foi fortalecido, tornando-se um dos mais poderosos do mundo.

Em 1806, em represália a uma derrota para a Inglaterra, Napoleão decreta o Bloqueio Continental, proibindo todos os países europeus de comercializarem com a Inglaterra. Napoleão havia adotado uma postura ditatorial, fato este que contribui para a queda de sua popularidade e um aumento de oposicionistas ao seu governo.

A Rússia havia aderido ao Bloqueio Continental, mas, envolvida em uma crise econômica, voltou atrás. Em represália, é invadida pela França. O poderoso exército francês não contava com o rigoroso inverno russo que culminou em sua derrota. Este fato estimula outros países europeus a reagirem contra a supremacia francesa. A Inglaterra, a Áustria, a Rússia e a Prússia organizaram um exército único e invadiram a França em 6 de abril de 1814, derrubando Napoleão.

Preso, Napoleão consegue fugir da prisão. Ao retornar à França, foi saudado pela população com honras de herói. Retomou seu cargo após Luís XVIII (rei francês que assumiu o cargo após a prisão de Napoleão) fugir com a sua família. No poder, Napoleão governa por cem dias, até ser derrotado na Batalha de Waterloo, e ser preso novamente. Napoleão foi exilado na Ilha de Santa Helena, onde permaneceu até a morte.
 

Golpe do 18 brumário

O golpe de Estado de 18 de brumário inicia a ditadura napoleônica na França. Napoleão é acolhido com entusiasmo pela burguesia, que aspirava muitas coisas boas. Os responsáveis pelo golpe não confiavam no general Bonaparte, escolhido para liderar o movimento, pois acreditavam que acabariam por reduzir sua importância.
burguesia e os políticos do Diretório perceberam que o general Bonaparte era o homem certo para consolidar o novo regime. Deram a proposta de que utilizasse a força do exército para assumir o governo. Napoleão fechou a Assembléia do Diretório. Foi o golpe que ocorreu no dia 18 Brumário. Durante essa época, a burguesia consolidaria seu poder econômico.
O Golpe do 18 de Brumário marca o início do Consulado, que é quando a burguesia, como meio de terminar a revolução, concentra o poder na mão de três cônsules, sendo o primeiro, o próprio Napoleão Bonaparte.

A Burguesia no poder



Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.

O golpe do Termidor

O terror acaba se voltando contra o próprio Robespierre, que mais e mais se isola. Um fosso de sangue separa o ditador do resto da nação assustada e estarrecida com tamanha brutalidade. A Convenção, temerosa da extrema concentração de poderes nas mãos do tirano, ameaçada por ele num desastrado discurso, toma coragem para reagir. Robespierre, depois de ter eliminado a sua "esquerda", executando Herbért, seguida da "direita" jacobina, com o guilhotinamento de Danton e de Desmollins, deseja fazer um grande expurgo na Convenção. Chegou a anunciar que em breve apresentaria a lista dos que considera corruptos e desleais para com a revolução. Foi o seu maior erro político. Temerosos de estarem na lista fatal, deputados centristas e de outras tendências que se perfilavam no chamado "pântano" (le marais), articularam uma reação contra a ditadura.
Em 27 de julho (ou 9 Termidor do ano II pelo novo calendário republicano), numa sessão concorrida, com as galerias lotadas, os convencionais, em uníssono, depois de terem impedido o ditador de discursar, gritando "o sangue de Danton o sufoca!", votam pela sua destituição e imediata prisão. Acusam-o de tirania, declarando-o fora-da-lei. O "incorruptível", como Robespierre é chamado, foi detido nessa noite mesmo e, no dia seguinte, apesar de dolorosamente ferido no maxilar por um tiro, ele e mais 22 seguidores, entre eles Saint-Just e o seu irmão Robespierre, o jovem, subiram na carreta que os conduziu à execução. A lâmina que tanto executara em nome da revolução, agora decapitava o que restara da revolução. Essa sessão seguida da queda de Robespierre, passou à história como o "golpe do 9 Termidor".

A Fase do Terror



Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição são condenados à morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.

“O Grande Medo”

Grande Medo é o nome dado aos acontecimentos ocorridos logo no início da Revolução Francesa de 1789. Seu início está ligado aos resultados deficitários da agricultura local naquele período de grande confusão e incerteza. Milícias rurais guardavam a colheita no campo já que a autoridade do antigo regime havia sido implodida. Em tal cenário de desinformação, os rumores predominam, e a população em geral é levada a crer que hordas de bandidos armados estavam prestes a invadir as cidades. Os camponeses então pegam em armas para reagir à alegada ameaça e iniciam ataques a vários solares (tipo de casa grande rural francesa). Mesmo assim, continuavam os rumores, sendo um de que uma força estrangeira havia invadido a França e queimado as colheitas; outro dava conta de que bandidos queimavam casas em vários vilarejos.
Com toda essa desorganização grassando o meio rural, a 4 de Agosto o governo provisório francês decreta o fim do regime feudal na França, em boa parte devido ao medo de que a instabilidade no interior fizesse a já precária situação econômica, política e social da França se agravasse ainda mais.
As revoltas ocorridas na época tinham não só causas econômicas, mas políticas, e que datavam de acontecimentos bem anteriores, especialmente das secas que atingiram a região e pelas condições precárias de vida, mera repetição do que acontecia nas empobrecidas cidades do reino. Desde a época do ministro das finanças Jacques Necker, do então rei Luís XVI, avisos de possíveis rebeliões gerais no campesinato eram previstas, e o ambiente de anarquia estava apenas à espera de um acontecimento mais drástico para estourar. Os camponeses armam-se cada vez mais e o pânico inicia-se na região de Franche-Comté, logo se transformando no "Grande Peur" (Grande Medo, em francês), à medida que as cidades vizinhas daquelas atacadas tomavam os camponeses armados e descontentes por forças invasoras.
Apesar de popularmente associado a camponeses, o Grande Medo foi obra também de todos os outros integrantes do tecido social francês, inclusive nobres empobrecidos. Aparentemente a classe burguesa teria, assim como o baixo campesinato, muito a lucrar com o desmantelamento do regime feudal então em voga.

O Grande Medo ajuda também a explicar em boa parte o porquê da nobreza e do clero francês terem se desfeito de seus antigos privilégios feudais na noite do 4 de agosto, além de fazer valer perante a Assembleia Nacional Constituinte que se formava, a abolição definitiva dos costumes feudais, ante o total descontentamento da antiga nobreza.

A Queda da Bastilha


Queda da Bastilha é o evento decisivo para o início da Revolução Francesa de 1789. A Bastilha é uma velha fortaleza construída em 1370, utilizada pelo regime monárquico como prisão de criminosos comuns. Na regência do Cardeal Richelieu, porém, o prédio é transformado em prisão de intelectuais e nobres, especialmente os opositores à ordem estabelecida, seja em relação à monarquia, sua política ou mesmo à religião católica, oficial no período monárquico.
A invasão da fortaleza pelo povo de Paris, em 14 de julho de 1789 é a data referencial para marcar as comemorações da Revolução Francesa. Apesar de ser uma prisão, na data em que foi invadida esta contava apenas com sete presos. A tomada da fortaleza tinha o aspecto prático de resgatar as armas que haviam em seu interior, e também o aspecto simbólico de ocupar um dos expoentes máximos do absolutismo.
Outro aspecto marcante do acontecimento é o de demonstrar que o movimento em curso para buscar a extinção do regime absolutista conta a partir de agora com a população em geral e não mais de um grupo de deputados que pretendem modificar o regime através de leis.
Na época, o sistema legislativo francês dividia-se em três grupos, os chamados três Estados: o primeiro compreende os representantes da nobreza; já o segundo representa o clero católico; finalmente, o terceiro, representa a população em geral. Os dois primeiros grupos votam quase sempre em conjunto deixando o Terceiro Estado isolado e marginalizado, tornando qualquer proposta de mudança da situação pela via política bastante difícil.

Diante dessa situação de falta de representatividade política, somada à dilapidação dos cofres públicos promovida pela nobreza e pelo clero, aos problemas econômicos enfrentados pelo país na época (devido à participação francesa na guerra de independência dos Estados Unidos somada às colheitas deficitárias ocorridas naqueles últimos anos), a situação torna-se insustentável, é o que lança o povo contra o governo de modo dramático, tomando o controle do país à força.

terça-feira, 8 de setembro de 2015




Indicação de Filmes sobre a Revolução Francesa



 DANTON - O PROCESSO DA REVOLUÇÃO   Ano: 1982
   Direção: Andrzej Wajda
   Gênero: Drama

 CASANOVA E A REVOLUÇÃO   Ano: 1982
   Direção: Ettore Scola
   Gênero: Drama

 MARIA ANTONIETA   Ano: 2006
   Direção: Sofia Coppola
   Gênero: Drama

 NAPOLEÃO   Ano: 1927
   Direção: Abel Gance
   Gênero: Drama / Biografia

 A REVOLUÇÃO FRANCESA   Ano: 2005
   Direção: Doug Shultz
   Gênero: Documentário

 A MARSELHESA   Ano: 1938
   Direção: Jean Renoir
   Gênero: Drama

A crise

A Revolução Francesa é um dos grandes acontecimentos históricos que marcaram a superação do Feudalismo pelo Capitalismo. É tradicionalmente utilizada para assinalar o inicio da Idade Contemporânea.

Os revolucionários franceses, sob o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade, levaram os ideais iluministas às ultimas conseqüências. Procuraram instituir um estado caracterizado por maior participação política da população e pela diminuição das desigualdades sociais. Inauguraram assim um estado que tinha em sua base o "povo" e o direito da "cidadania". 

A França em crise:

 
No século XVIII, a França viveu um período de grande prosperidade, embora sua economia encontrasse predominantemente agrícola. De sua população estima-se que 80% vivia no campo. A prosperidade chegou ao fim por volta de 1778, quando uma crise começou a tornar evidente a precariedade da organização administrativa, política financeira, econômica e social do país. 
Desde 1774 o país era governado por Luís XVI, distante dos interesses da população ele governava o país bem distante, no palácio de Versalhes. Para manter o luxo do palácio e de seus membros eram cobrados vultosos impostos da população mais pobre e assim a insatisfação era crescente. 
As desigualdades sociais e políticas tinham como causa um conjunto de fatores. Primeiramente, a sociedade estava dividida em três estados: o clero, a nobreza e 
o povo. Os dois primeiros mantinham privilégios da época feudal como o direito de cobrar imposto. Além disso, eram isentos do pagamento de diversos tributos, ao contrario do povo que não tinha direito algum. Outro fator muito importante era a dificuldade de romper com o a economia agrária e programar a economia industrial, por causa dos grandes déficits provocados pelos gastos excessivos. 

O terceiro estado (povo) era formado pela a maioria da população Francesa que reunia diferentes grupos sociais: Grande Burguesia: Formada por banqueiros, empresários e poderosos comerciantes;  Pequena Burguesia: Formada por profissionais liberais e médios comerciantes;  Sans-culotte: Camada social urbana composta por artesãos,aprendizes de oficio,assalariados e desempregados marginalizados; 
 Camponeses: Eram os trabalhadores livres e semi-livres e os servos presos às obrigações feudais.

 
O que é o terceiro estado?Tudo. O que ele tem sido em nosso sistema político?Nada. O que ele pretende?Ser alguma coisa. 
A partir de 1785 os problemas aumentaram, o governo faliu financeiramente, grande onda de desemprego, além disso, um rigoroso inverno destruiu a safra deixando toda a França faminta e revoltada. 

Estados Sociais

A sociedade francesa era dividida em três ordens ou estados sociais:
1° estado- Clero (auto e baixo).
2° estado- Nobreza (palaciana, provincial e tolgada) 90% dos gastos do estado e isenções e privilégios.
3° estado- Povo (burguesia, camponeses, servos, trabalhadores e sans-culottes) imposto e obrigações feudais.

                                 


Era uma divisão baseada em princípios religiosos típicos da medievalidade que não explicava e não era mais condizente com a diversidade social na França do século XVIII. O clero estava segmentado em alto e baixo clero. O alto clero era os bispos, arcebispos e abades, tinha sua origem social na nobreza , portanto saído do segundo estado, enquanto que o baixo clero (padres, vigários e frades) tinha sua origem social nas camadas inferiores da sociedade, portanto originários do terceiro estado. O segundo estado, a nobreza era bem heterogêneo. A nobreza de espada, de sangue, cortesã ou palaciana eram os nascidos nobres, detentores de títulos nobiliárquicos e de terras, ocupando funções palacianas. A nobreza provincial era os senhores feudais e que exerciam funções administrativas locais ou regionais. A nobreza de toga eram aqueles que tendo riquezas e propriedades (burgueses) buscavam reconhecimento social por meio da aquisição de títulos nobiliárquicos do estado. O terceiro estado era o mais heterogêneo de todos, constituía-se de burgueses industriais, construtores, armadores e banqueiros, segmentos urbanos das mais variadas condições sociais, portanto era o único estado que pagava impostos do estado.
Este contexto é uma sociedade típica do antigo regime, período de transição feudo-capitalista, com a sociedade capitalista em desenvolvimento.
A Revolução Francesa foi um longo processo que teve como marco uma grande seca e fome generalizada, fatores que conduziram e se somaram a outros, fazendo a população urbana de Paris se revoltar contra o rei, espalhando a revolta entre os camponeses no campo e criando um ódio generalizado pela nobreza.

Fases da Revolução

Primeira fase

Durante a primeira fase, foi fundada a Monarquia Parlamentarista ou Constitucional. A Assembleia Nacional Constituinte, na fase que durou de 1789 a 1792, confiscou os bens do clero francês, que foram usados para superar a crise financeira. O clero começa a reagir, mas a Assembleia determina a Constituição Civil do Clero, tornando-os funcionários do estado e, consequentemente, quaisquer ações de rebeldia seriam punidas com prisão. O rei começa a conspirar com emigrados no exterior para invadir a França e derrubar o governo, restaurando o absolutismo. O monarca foge para a Prússia, mas é reconhecido por camponeses e preso. Começa a indicação para a Constituição de 1791, que seria votada e, se aprovada, estabeleceria que na França prevaleceria a Monarquia Parlamentar – o rei teria limitações diante da atuação do poder legislativo, que seria escolhido por meio de voto censitário. Com isso, o poder continuava dominado por uma pequena parte da população – a alta burguesia. A primeira fase teve fim com a radicalização do movimento revolucionário quando, Robespierre – próximo do povo, pertencente ao partido dos Jacobinos ou Montanheses – e seus seguidores incitaram a população a pegar armas e lutar contra as forças conservadoras e a Assembleia.

Segunda fase

Considerada a fase mais radical, a 2ª fase foi marcada pela tomada do comando da revolução pelos Jacobinos, liderados por Robespierre. Com duração entre os anos de 1792 e 1794/95, essa foi a fase mais popular do movimento. No entanto, antes da queda da Monarquia Parlamentar, a burguesia chegou a proclamar a República Girondina, decidindo, devido as tensões do momento, tirar o poder do rei e transferi-lo para si, fazendo com que caísse a monarquia na França.

Terceira fase

O golpe de estado conhecido como Reação Termidoriana, organizado pela alta burguesia financeira marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário nessa fase que foi de 1795 a 1815. Foi criado o novo governo denominado Diretório (1795-1799), que tinha aliança com o exército e elaborou a nova constituição. O governo, no entanto, não era respeitado pelas outras camadas sociais, que acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, ou uma espada salvadora que pudesse manter a ordem. Foi quando surgiu Napoleão Bonaparte, general francês popular na época.

A Revolução

Assembleia Constituinte

A assembleia foi convocada para o dia 5 de maio de 1789, no Palácio de Versalhes. Após abrir a sessão, Luiz XVI deu por iniciada as votações e discussões sobre os problemas que afetavam a sociedade francesa. Porém, o sistema de votação era bastante peculiar: cada Estado tinha um voto e ao fazer a votação para saber como seriam pagos os impostos, o clero e a nobreza se aliaram, decidindo que o 1º e 2º Estado permaneceriam isentos da contribuição dos impostos.

Assembleia Legislativa

O período da Assembleia Legislativa decorre de 
8 de outubro de 1791, quando se dá a primeira reunião da Assembleia Legislativa, até aos massacres de 2 a 7 de setembro do ano seguinte. Sucedem-se os motins de Paris provocados pela fome; a França declara guerra à Áustria; dá-se o ataque ao Palácio das Tulherias; a família real é presa, e começam as revoltas monárquicas na Bretanha, Vendeia e Delfinado.


Convenção Nacional

A fase da Convenção Nacional da Revolução Francesa marca a tomada de poder a ser realizada pelas camadas populares francesas. Nesse período a tomada das armas para a participação na Batalha de Valmy e a insatisfação dada pelos resultados da monarquia constitucional motivou a convocação de uma Convenção Nacional. Essa nova instituição haveria de elaborar uma nova carta constituinte que viesse a superar os limites do regime anterior.

Diretório

O Diretório, criado em 1795, marcou a retomada de poder dos girondinos na condução do processo revolucionário francês. Aproveitando toda a instabilidade política deixada pelos radicais que capitanearam a Convenção Nacional, a alta burguesia conseguiu reassumir o país promovendo reformas que deram fim às medidas populares criadas anteriormente. Daí em diante, a consolidação de qualquer mudança mais profunda seria controlada por instrumentos de visível exclusão política.

Causas

As causas da revolução francesa são remotas e imediatas.

Entre as principais causas estão:

  • Descontentamento do Terceiro Estado (burguesia, trabalhadores urbanos, camponeses), que era a grande maioria da sociedade, com os privilégios da nobreza e do clero;
  • Os integrantes do Terceiro Estado deviam pagar altos impostos, enquanto clero e nobreza eram isentos. Esta disparidade gerava muita revolta em grande parte da população;
  • Quase todas as terras do território francês estavam nas mãos da nobreza, fato que também gerava muita revolta na população;
  • As pessoas que contestavam o absolutismo na França eram presas na Bastilha (espécie de prisão política da monarquia) ou enviadas para a guilhotina; 
  • Péssimas condições de vida enfrentadas pelos trabalhos urbanos (carga de trabalho elevada é baixos salários) e camponeses (viviam praticamente em situação de miséria); 
  • Elevados gastos da nobreza com luxo (festas, banquetes, roupas caras, joias, etc.), enquanto grande parte da população vivia em péssimas condições de vida;
  • Grande vontade da alta burguesia comercial em participar das decisões políticas da França. A burguesia queria também maior liberdade econômica, com pouca interferência do governo;
  • Grande influência dos ideais iluministas, que defendia o fim do absolutismo, sobre os intelectuais e integrantes da alta burguesia.

O que foi a Revolução Francesa?

Revolução Francesa foi um importante marco na história da nossa civilização. Foi o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo teve mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser mais respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou respectivamente, por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de “LiberdadeIgualdade e Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité), frase da autoria de Jean-Jacques Rousseau.